Por Nicholas Merlone
James C. Hunter é o autor do livro O Monge e o Executivo. Sobretudo a obra nos traz importantes lições
sobre liderança, sobre a real liderança. De sua leitura, aprendemos a nos
tornarmos pessoas melhores.
Leonard Hoffman tem sua história narrada ao longo do livro. Mas
quem é Leonard Hoffman? Hoffman é um empresário americano de sucesso, que
abandona sua profissão, para se dedicar exclusivamente à atividade monástica.
Suas lições são altamente enriquecedoras. Assim, com grande impacto disruptivo,
se aplicam às atividades empresariais. No mosteiro é conhecido como Simeão.
O narrador da obra é John Dailly. Dailly é um empresário de
sucesso, com mulher e dois filhos, com uma vida tranquila e aparentemente sem
problemas. A certa altura se depara com obstáculos no trabalho e em casa, que
os leva a refletir sobre a vida. Daí decide passar alguns dias em um mosteiro,
para repensar o cotidiano familiar e do trabalho.
No mosteiro, conhece Simeão (Leonard Hoffman). Na verdade,
há várias passagens descrevendo e narrando as atividades no mosteiro. Porém,
aqui vou apenas extrair as principais ideias e insights da obra, que me chamaram a atenção.
Para mim, dentre todos os ensinamentos do livro, o maior de
todos, sem dúvida, é que devemos servir
aos outros. Já se diz no dia a dia: “gentileza gera gentileza”. Fato! Não há
mal algum em fazer o bem, em servir aos outros! Podemos desde ajudar uma
senhora idosa ou um cego a atravessar a rua, até compartilharmos conhecimentos
e saber, na escola, na faculdade, ou ainda, no trabalho. Tudo pelo simples
prazer de fazer o bem e ajudar! Sirvamos, pois! O verdadeiro líder é, portanto,
um servidor!
Para servir, é preciso espírito colaborativo, cooperativo e
de entrega. É preciso colaborar com o outro. Cooperar com a equipe. E
entregar-se ao outro de alma limpa. Enfim, oferecer aos outros o que eles
realmente precisam. É preciso, por fim, atender às necessidades não só da
empresa, mas de fato de seu maior capital, a saber: as pessoas humanas.
Igualmente, é importante a integração do físico e
espiritual. Já dizia o filósofo: “Corpo são, mente sã!”. É preciso, portanto, o
equilíbrio entre a saúde física e a harmonia espiritual. Assim, devemos buscar
balancear, em nossas vidas, o bem-estar físico e a sanidade mental e a
tranquilidade espiritual.
Finalmente, vivemos em tempos disruptivos, de mudanças aceleradas.
À globalização soma-se a pandemia do coronavírus, que chega de repente, sem
avisar, nos pegando de sobressalto. É preciso, portanto, neste cenário de
incertezas, nos prepararmos e adaptarmos a nova realidade, porque as
oportunidades surgem quando menos esperamos. Para isso, reforço ser
necessário... Servir! Sejamos líderes servidores! Em casa, na escola, na
faculdade, ou mesmo, no trabalho! Lembre! A transformação se inicia dentro de
cada um de nós! Façamos, então, nossa própria reforma íntima, e sirvamos, pois!
Publicado originalmente em Administradores!