terça-feira, 27 de junho de 2023

LinkedIn Top Voices Inteligência Artificial: 5 especialistas para seguir na nova era da tecnologia


De ferramentas online que geram imagens hiper-realistas de pessoas que nunca existiram ao aplicativo de agenda que te avisa o momento certo de sair de casa para chegar pontualmente ao escritório, a inteligência artificial já é parte fundamental das dinâmicas de trabalho modernas. Mas o impacto que essa tecnologia pode causar no futuro ainda é imprevisível.

Segundo um levantamento do Fórum Econômico Mundial, o avanço da IA e da automação pode levar à eliminação de 85 milhões de empregos no mundo até 2025. Mas o mesmo estudo também prevê a criação de 97 milhões de novos postos de trabalho, incluindo um crescimento de 40% no número de vagas para especialistas em machine learning (aprendizado de máquina).

Enquanto muitas empresas de tecnologia cortam custos – estima-se que mais de 206 mil pessoas foram demitidas no setor em 2023 –, os investimentos se concentram em segmentos estratégicos, que incluem a inteligência artificial. Segundo análise da agência Bloomberg, a IA deve movimentar US$ 1,3 trilhão até 2032.

Entretanto, o futuro do setor ainda é incerto: preocupações com privacidade, segurança e direitos autorais movem iniciativas de regulamentação da tecnologia ao redor do mundo, da Europa ao Brasil. E a tendência de alguns desses algoritmos a reproduzirem vieses e preconceitos de gênero e raça gera temor de um impacto social que vai além da perda de empregos.

Em meio a tanta insegurança quanto ao futuro do trabalho e o impacto que a IA pode ter nas mais diversas áreas, estes cinco LinkedIn Top Voices vão te ajudar a guiar sua carreira em meio às transformações que a tecnologia deve trazer a todos os setores da economia. Conheça-os a seguir.



Entender o que são, como funcionam e, principalmente, quais são os limites de sistemas de inteligência artificial é fundamental para avaliar o impacto que essas inovações podem trazer ao seu trabalho, seja em ganho de produtividade ou no risco de ver sua posição substituída por uma máquina.

Anderson Rocha é professor titular e diretor de um dos principais laboratórios de IA do país, o Recod.ai, que faz parte do Instituto de Computação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em São Paulo. Parte do seu trabalho é estudar como os algoritmos chegam às suas conclusões e técnicas de treinamento mais eficientes, como o aprendizado auto-supervisionado.

Segundo ele, a IA tem potencial para causar um impacto positivo no trabalho, democratizando o acesso ao conhecimento e criando novas demandas no mercado. Mas o saldo da transformação só será positivo se a sociedade for capaz de se unir em torno de regras claras para o desenvolvimento da tecnologia.

“Nossa sociedade tem que cobrar e pressionar para que o domínio das soluções não seja apenas de algumas pouquíssimas grandes corporações multinacionais”, avalia Anderson. “Bem como para que nossos representantes criem legislações e políticas de inclusão e readequação para as pessoas se requalificarem e se recolocarem caso sejam deixadas para trás durante essa transição.”

“A IA com certeza tem potencial para afetar positivamente nossas vidas, mas, para que isso aconteça, não podemos deixar simplesmente que as soluções sejam apresentadas para nós sem que possamos questionar, demandar melhorias, explicações e comportamentos mais éticos dos algoritmos.” — Anderson Rocha

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Estudos mostram que modelos de IA são suscetíveis a reproduzir vieses e preconceitos, como em câmeras de reconhecimento facial que erram mais frequentemente com pessoas negras e algoritmos de seleção para vagas de emprego que privilegiam homens. Distorções que são explicadas, ao menos em parte, pela falta de diversidade do setor: em IA, só 25% são mulheres no Brasil, segundo dados do LinkedIn.

Andreza Rocha é fundadora e diretora executiva do AfrOya Tech, organização de projetos e diversidade que trabalha para promover inserção, desenvolvimento, ascensão e pertencimento de talentos negros no ecossistema de TI e inovação. Ela alerta, por exemplo, para a necessidade de mais profissionais diversos participarem dos debates que antecipam propostas de regulação da tecnologia no Brasil.

Por enquanto, porém, Andreza recomenda que profissionais tirem o melhor proveito da tecnologia para se manterem competitivos. “Aprender a fazer prompts [comandos em linguagem natural para a IA obedecer] é uma boa competência a desenvolver, mas não a principal: o repertório do ‘saber fazer’ as perguntas certas e/ou o trabalho criativo, ainda vai manter muitas atividades insubstituíveis”, diz.

Exceto pelo avanço do projeto de regulação da IA em discussão no Congresso brasileiro, Andreza afirma que é difícil prever o que vem por aí no setor. A disputa entre gigantes de tecnologia deve ditar tendências por algum tempo, enquanto a experimentação com ferramentas diferentes ainda deve levantar discussões atualmente imprevisíveis.

“Acredito que ainda viveremos o hype em relação às IAs, especialmente generativas, o que é esperado em toda grande evolução tecnológica de impacto massivo. Veremos a consolidação de muitas ferramentas, formatos, casos de uso (de sucesso e insucesso) e a tentativa do mercado de encapsular modelos escaláveis e rentáveis.”  Andreza Rocha

👉 Leia mais conteúdo de Andreza Rocha sobre diversidade e inclusão em tecnologia



Embora não apareçam na lista do Fórum Econômico Mundial de carreiras mais expostas à IA, profissionais criativos também têm, hoje mais do que nunca, motivos para ficarem de olho na evolução da tecnologia. Ferramentas como Midjourney, DALL-E e até o Photoshop, da Adobe, já conseguem criar e editar ilustrações com resultados impressionantes, a ponto de enganar veículos de imprensa e gerar protestos entre artistas.

Felipe Santana é designer sênior, criador de conteúdo, além de fundador e educador na sua própria plataforma online de ensino, a Feux Design. Sempre ligado nas últimas ferramentas digitais no mercado, Felipe vê com otimismo e cautela a evolução da tecnologia nos últimos meses.

“Precisamos navegar com cuidado, buscando equilíbrio entre a inovação e as questões de privacidade e impacto social”, diz Felipe, que não está sozinho nessa avaliação. Empresas de diversos setores vêm restringindo o acesso de funcionários a ferramentas como o ChatGPT, da OpenAI (empresa que tem a Microsoft, controladora do LinkedIn, como principal investidora), temendo que informações sigilosas acabem desprotegidas.

Para Felipe, o lançamento de novas ferramentas gratuitas e o desenvolvimento de soluções de código aberto têm potencial para democratizar ainda mais o acesso à tecnologia. Isso poderia causar, segundo ele, um grande salto de produtividade nas carreiras que lidam com tarefas que a IA pode automatizar.

“A IA está se tornando parte de nossas vidas e essa tendência deve continuar. Apesar dos desafios, como questões éticas e de privacidade, acredito que a IA veio para ficar e transformará o mercado de maneira incrível.”  Felipe Santana

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Engenheiros de dados e desenvolvedores de chatbots estão na lista de Empregos em Alta do LinkedIn em 2023. Contratar profissionais especializados em IA também é prioridade para algumas das empresas de tecnologia que saíram na lista LinkedIn Top Companies de 2023. E a demanda também é forte no setor bancário, que lidera investimentos em TI no Brasil e no mundo.

Karina Kato conhece bem a carreira. Cientista de dados de nível especialista, atuando em uma das principais empresas de inovação digital do Brasil, o iFood, ela recomenda que profissionais de tecnologia aprendam técnicas de engenharia de prompt – isto é, a habilidade de “saber o que perguntar” para a IA.

“Estão surgindo modelos de linguagens excepcionais, os LLMs (Large Language Models), que estão mudando a nossa forma de trabalho”, avalia Karina. “A engenharia de prompts visa criar e otimizar prompts (instruções) que serão passadas para os modelos LLMs para trazerem resultados mais relevantes e adaptados às necessidades individuais.”

O segredo do profissional do futuro, segundo Karina, é aprender a usar a tecnologia a seu favor, sem se tornar dependente dela. Isso garante que sua contribuição para empresas e para o mercado será, se não insubstituível, pelo menos mais difícil de substituir.

“As novas tecnologias (modelos generativos) trarão aumento de produtividade ao permitir realizar tarefas complexas de forma mais eficiente e automatizar tarefas repetitivas. No entanto, é necessário evitar a dependência excessiva dessas tecnologias, buscando seu uso para o empoderamento, sem substituir a tomada de decisões humanas.” — Karina Kato

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Em um mercado que não para de se transformar, ficar por dentro das últimas tendências em tecnologia e inovação pode ser desafiador até para os profissionais mais antenados. Os avanços em IA conquistados meses atrás podem rapidamente se tornar obsoletos diante de novas descobertas, produtos e soluções lançados em ritmo frenético mundo afora.

Luiz Gustavo Pacete é jornalista, editor de tecnologia na Forbes e líder de conteúdo na consultoria multinacional de marketing MMA. Com a expertise de quem cobre inovação há anos, conhece bem os ciclos de lançamentos das empresas do setor e é especialista em comunicação, ele sabe que a popularidade atual da IA não surgiu do nada.

“Ainda que a IA esteja em alta em função do ChatGPT, ela está em desenvolvimento há alguns anos”, destaca. “Várias pesquisas já indicavam que 2023 seria o ano da IA, sobretudo pelo aumento de investimento em plataformas que levam a tecnologia. A grande novidade aqui, e talvez nisso o ChatGPT tenha ajudado, tem relação direta com a IA generativa.”

Para ele, a IA generativa pode funcionar ao mesmo tempo como “veneno e antídoto”, contribuindo  por um lado para combater problemas do universo da tecnologia, como desinformação e discurso de ódio nas plataformas sociais, mas por outro também permitindo a automação e produção em massa desse tipo de conteúdo nocivo nas redes. Cabe aos profissionais se manterem atualizados sobre os limites da tecnologia.

“Criaremos situações sem precedentes e em velocidades cada vez maiores, o que exigirá uma atualização de todos para lidar com esse novo mundo digital cada vez mais impactado pela IA.” — Luiz Gustavo Pacete

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Edição e reportagem:
 Lucas Carvalho

Gerente de Creators: Marcela Leviz

Líder de Segmentos Editoriais e Comunidades Brasil: Claudia Gasparini

Editor-chefe de Notícias e Comunidades Brasil: Guilherme Odri

Projetos Especiais: Viridiana MendozaMichele Pierri

Editor-chefe América Latina e Península Ibérica: Rafael Kato

Diretora editora executiva LinkedIn News Internacional: Sandrine Chauvin

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Cartórios | Serviços Grátis

Os cartórios cobram altas taxas, o que desestimula o povo no momento de formalizar seus contratos e acordos.

No entanto, há alguns serviços gratuitos:

- Registro de nascimento e óbito;

- 1º via de certidão de nascimento ou de óbito;

- Certidão de dívida ativa;

- Documentos jurídicos (procuração, substabelecimento ou revogação) para fins previdenciários;

- Alguns documentos ligados a terras e imóveis;

- Serviços para pessoas economicamente hipossuficientes.


domingo, 4 de junho de 2023

O que você precisa saber para trabalhar com IA

De Fabio Manzano, da redação do LinkedIn Notícias

Trabalhar ao lado da inteligência artificial (IA) passará a ser tão comum quanto usar a internet, aponta relatório da Microsoft sobre o futuro do trabalho. Segundo o estudo, 82% dos líderes de todo o mundo afirmam que funcionários precisarão desenvolver novas habilidades para lidar com as mudanças – que não vão afetar apenas técnicos ou especialistas na tecnologia. As habilidades mais citadas no levantamento foram:


  • Julgamento analítico
  • Flexibilidade
  • Inteligência emocional
  • Curiosidade intelectual
  • Identificação e cuidado com qualquer viés apresentado pela IA
  • Capacidade de fazer a pergunta correta (prompt) para a IA.

Outras Ferramentas de Diagnóstico

1 - Matriz de Causa e Efeito ;  2 - Matriz RACI ;  3 - Matriz GUT ;  4 - Focus Group ; 5 - PDCA ; 6 - Pesquisa de Clima Organizacional . Boa...